terça-feira, 29 de março de 2011

Hacker do PS3 não sabia que essa tal Sony americana existia (dizem advogados)


Salve galera!! Ora hacker procurado, ora rapper, ora um simples rapaz de férias com camisa do Boca Juniors.

Esse é George Hotz, o homem que ajudou a desbloquear o Playstation 3 e que está encarando a Sony nos tribunais por isso. Mas o processo está se arrastando a passos de lesma e, se depender dos advogados do rapaz, vai continuar assim.

O novo estratagema da defesa é alegar que GeoHot nem sabia que a Sony Computer Entertainment America, divisão que cuida da família PlayStation nos Estados Unidos, existia. Sério mesmo?

A explicação é que a caixa do PS3 novo do hacker, que está lacrada, diz apenas que o console foi feito no Japão: “Quando você compra um PlayStation e olha na caixa, vê estampado em vários lugares que ele é um produto da Sony Japão, e que todos os direitos pertencem à Sony Japão. Ele só traz referências à Sony Japão, não à SCEA”.

“Quando você tira o PlayStation da caixa e o analisa, está escrito que ele é um produto da Sony Japão e que todos os direitos pertencem à Sony Japão. Ele não faz referência à Califórnia. Quando você instala a atualização de firmware disponível legalmente na internet, e que o Sr.Hotz supostamente quebrou, no seu PlayStation, ela se refere apenas à Sony Japão”, dizem os advogados.

Isso tudo é para provar que Hotz, que mora no norte da Califórnia, não sabia que estava lidando com uma empresa localizada no mesmo estado – o que é importante para definir a jurisdição do caso. Além disso, Hotz disse sob juramento, e correndo o risco de ser preso, que ele não fazia ideia da existência da Sony Computer Entertainment America. Ele foi além, dizendo que seus videogames não tinham manuais de instrução, e que jogava fora os existentes sem lê-los. “A razão pela qual mantive a caixa do Slim (o PlayStation que comprei novo) é porque ela era bonita”.

A SCEA também está tentando provar que GeoHot criou uma conta na PlayStation Network, o que enquadraria o hacker nos Termos de Uso do serviço, definindo a jurisdição.

Primeiramente, a empresa disse que o usuário “Geo1Hotz” era do rapaz, mesmo sem ter nenhuma prova além do próprio “nick”. Depois, a Sony disse que George criou uma conta com o nome “blickmaniac” em um dos quatro PS3 que tinha. O problema é que os números de série do aparelho desse usuário e do aparelho de GeoHot não batiam. Aparentemente, esse registro foi realmente feito na casa do acusado, mas por um vizinho dele.

“Eu moro do lado do George Hotz e sempre fomos bons amigos. Eu comprei o console e estava esperando que o meu provedor me desse internet, então no meio tempo perguntei a Hotz se podia usar a conexão dele por um tempo. Bons vizinhos, é só isso”, disse o suposto amigo, em comentário no blog do hacker.

O número serial do console que a Sony está tentando ligar a Hotz foi comprado numa GameStop perto da casa dele. Mesmo assim a SCEA não apresentou provas de que o aparelho é realmente dele. Enquanto isso, o Inimigo Público Número 1 da família PlayStation curte sua viagem à América do Sul. E a novela o processo ainda vai longe.

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