terça-feira, 14 de junho de 2011

E3 2011: Call of Duty – Modern Warfare 3


De todas as grandes empresas dentro da E3 2011, uma das mais requisitadas (e das que mantêm com sucesso uma aura de segredo) foi a Activision. O estande da empresa é um grande espaço vazio com trailers passando. Nenhum demo, nenhum video de gameplay, nenhuma dica do que esperar de novidade.
O que nem todo mundo sabe é que existe outro mundo no estande Activision por trás dos telões: a área reservada para a imprensa. Cheguei ontem na mesa de imprensa e pedi para agendar um booth tour nessa área. Marcaram para 10h30 da manhã, sem atrasos.
Cheguei às 11h00, graças ao trânsito pacato de Los Angeles e fui direto para lá, ignorando totalmente o booth tour que tinha marcado na 2k Games para ver The Darkness II. Desculpa aí se alguém queria ler hands-on desse jogo, mas foi por uma boa causa.
Dentro do espaço da Activision nos levaram pra primeira sala. Lá dentro, um funcionário da empresa nos falou: sem fotos, sem vídeo, todo material que precisarem está na área de imprensa. Ele saiu da sala e um funcionário da Infinity Ward assumiu o comando, explicando um pouco sobre a história de Modern Warfare até o momento e explicando que nos mostraria duas missões da campanha.

A campanha: passo a passo

Spoiler | Se você não quer ler informações antecipadas sobre a campanha, pule direto para o próximo subtítulo.
Modern Warfare 3: previsto para novembro de 2011 (imagem: divulgação)
Fechado o briefing, ele tirou uma onda botando no nível Veteran e começou a jogar. Na missão, um time dos Estados Unidos está debaixo d’água e tem a missão de plantar minas em um submarino russo. Para quem não lembra, MW2 acaba com os russos invadindo os EUA e destruindo Washington.
Os primeiros 5 minutos da missão são apenas uma viagem submarina desviando de minas e cargas explosivas jogadas pelos navios acima. Ao final, a mina é plantada, o submarino explode e pela primeira vez vimos a superfície: New York ao fundo, em chamas. A câmera vira e mostra uma imensa batalha naval, com vários barcos sitiando a cidade.
Na segunda parte da missão, o jogador sobe no submarino avariado e começa toda a ação de tiroteio. É ai que entendemos o verdadeiro objetivo da missão: infiltrar-se no submarino e utiliza-lo para naufragar a frota russa no rio Hudson. Alguns minutos de tiroteio passam, os mísseis são disparados e começa uma cena de perseguição. O objetivo: fugir. Como? Enfiando o bote na parte de trás do helicóptero de resgate (ok, isso soou bem feio).
A segunda missão é uma das clássicas situações de infiltração stealth. Nada demais, exceto a parte final que é uma emocionante perseguição. Você, na caçamba de uma caminhonete, tem que eliminar um metrô cheio de russos. Só quem estava na sala viu o quanto essa missão é intensa nessa parte, com várias explosões, fogo cruzado e coisas que caem aos pedaços. Ao final, o trem descarrilha, explode e não sabemos o que acontece com os protagonistas da missão.

O que importa: hands-on no multiplayer

Após assistir quase meia hora de duas fases demo, a parte mais esperada: botar as mãos no jogo, numa versão Pré-Alpha ainda com alguns bugs.
Na sala ao lado, vários Xbox 360 dispostos sob pares de grandes TVs e headsets. Em cada uma, uma pessoa aguardava um par para mostrar o passo-a-passo de uma das novidades do MW3: o modo special ops multiplayer.
Joguei a fase ‘The Dome’, e o objetivo era sobreviver o maior número de rodadas possível. Em qualquer canto que estiver da fase, exceto perto do jogador, os inimigos vão dar spawn e tentar te matar. É matar ou morrer.
A cada onda de inimigos, um timer de 30 segundos inicia para a próxima rodada. Esse tempo se aproveita para pegar munição ou visitar um dos 3 armories na fase. Em cada armory, uma possibilidade diferente: um pra comprar explosivos, outro pra suporte e outro pra arma. É possível também dar upgrade nas armas, comprar tipos diferentes de munição etc.
Sobrevivi até o round 12 e foi bem emocionante. Em dois roundsjuggernauts invadiam (inclusive morri em um deles), e em outro, helicópteros te perseguem.
Perguntei sobre outros modos de special ops ou multiplayer, mas ninguém podia comentar a respeito. Inclusive, falaram que tem muito mais novidades para o multiplayer vindo, mas que vão contar no decorrer dos próximos meses até o lançamento do game, no fim do ano (prometido para 8 de novembro).

Call of Duty: Elite

Outra novidade na E3 pra série Call of Duty é o CoD Elite, uma plataforma social que vai integrar os jogos da série. Nela, será possível acompanhar o registro de estatísticas, replays e outras informações sobre os jogadores.
Tela de CoD Elite (imagem: divulgação)
Na apresentação, deram destaque para alguns pontos:
  • É grátis: todos os recursos serão gratuitos, exceto algumas poucas que vão cobrar por uma assinatura. Deixaram claro que essas vão ser focadas apenas no públicoextremely hardcore.
  • Plataforma social: ela vai puxar via Facebook os dados de Xbox Live, PSN ou ainda game via PC dos seus amigos e mostrar as estatísticas e replays deles. Também vai dar para subir vídeos para o YouTube, com replay dos seus vídeos. O sistema automaticamente já tagueia os outros jogadores no vídeo e avisa todos eles. Sabe aquele cara que você deu 10 headshots? Seus amigos podem ver se ele realmente joga bem ou não.
  • Melhorar seu jogo: através de heatmaps, dados das suas partidas e histórico de jogo, você pode ter uma visão geral e descobrir seus pontos fracos e fortes. Em uma fase específica, qual arma estava usando quando fez mais kills? Em que situação você mais morre? Tudo isso dá pra ter ideia do que vem por aí. Além disso, será possível customizar suas classes de jogo no Black Ops e MW3 não só no game, mas dentro da plataforma, esteja você acessando de um PC, Mac, iPhone ou “qualquer coisa que tenha internet e uma tela” (palavras deles).
  • Prêmios: eventos regulares para todos os tipos de players e que vão dar prêmios reais. Desde quem mata mais numa semana, até quem captura mais bandeiras entre as 7 e 8 da noite daquele dia. Dentre os prêmios previstos há camisetas, iPads e até um jipe customizado do Call of Duty. A questão é: a gente aqui no Brasil vai poder ganhar alguma coisa?
  • Grupos: quer jogar apenas com pessoas que acessam o TB? Ou jogar com pessoas que torcem para o mesmo time? Você pode entrar em grupos e jogar com essas pessoas. Inclusive, cada grupo, que pode ser criado por qualquer jogador, vai ter seu próprio ranking e dados dos jogadores.
  • Clãs: está lá. Não deram detalhes porque estragaria surpresas das novidades de multiplayer do MW3. Só disseram que vai ter muita coisa pra facilitar a vida e organização de quem joga em clã. Perguntei se eles vão permitir clãs com membros em diferentes plataformas; a resposta é que não sabem.
Muito do que foi apresentado durante a E3 pode mudar até a versão final do jogo. Falaram que o Beta não é algo comercial como muitas empresas de games fazem, e sim algo real para testar o que vai dar certo ou não. O beta começa dia 17 de julho. Interessados devem se cadastrar nessa página.
Foi  isso que tiveram a coragem de contar e mostrar de novidade sobre CoD. O que vocês estão esperando para os futuros lançamentos da franquia?

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